Estou aqui sem conseguir dormir.. nem me apetece ir para a cama. Estou prestes a chorar, porque me vieram à cabeça mil e uma coisas... os meus objectivos, que outrora me pareciam tão perto, mas agora tão distantes. Sempre sonhei em realizar os meus objectivos, e sempre pensei que as pessoas à minha volta me íam apoiar, encorajar. E não é isso que acontece.. cada vez mais me afundo, e em vez dos braços abertos para me puxarem para cima, só o que vejo são braços forçados a meterem-me para baixo. Os meus objectivos desapareceram. Estão cá dentro, mas desapareceram no exterior. Não tenho apoio, e por muito que seja forte não consigo alcançar alguns objectivos sem apoio, moral e mental. Mas em vez disso, em vez da pessoa forte e alegre que sempre fui, olho para o espelho e vejo um reflexo de uma rapariga que não sou eu, não me reconheço.
Como é que fiquei tão triste?
Como é que cheguei a isto...?
Como é que me conformei com esta vida?
Porque é que não me reconheço?
Tinha sonhos.. tinha objectivos.. tinha coragem.. tinha alegria.. tinha garra.. e agora tenho olheiras a chegar ao chão, um rosto que não parece o de uma jovem, mas sim de uma mulher cansada e desgastada da vida (o que não sou), um corpo desleixado, um olhar triste, uma vontade enorme de despachar isto tudo e ir pra bem longe.. Às vezes penso no quão bom seria fazer as malas e ir-me embora, sem ninguém saber quando e para onde, sozinha à deriva à procura de mim.. Mas depois olho em volta e vejo as responsabilidades do que criei. Secalhar não estava preparada para isto.. secalhar pensei que seria mais fácil.. secalhar esta não é a vida que quero para mim.. secalhar o que eu quero é estar sozinha, só envolta em mim própria. Eu fui feliz, mas algures no meio disto tudo perdi-me, perdi a vontade, perdi o desejo disto tudo, perdi a felicidade.. e a única maneira de conseguir paz de espírito não traz paz de espírito a mais ninguém, só traz desilusões e confusões, e chatices para a minha cabeça que neste momento não aguento.
E tudo me vem à cabeça com uma velocidade atrofiante, as lágrimas teimam em querer rolar pela minha cara mas eu não quero.. não aceito... Afinal, como é que eu cheguei a este ponto, em que não tenho a mínima vontade de viver, e nem sequer me reconheço?! Como......?
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