terça-feira, 14 de janeiro de 2014

(Longa) Atualização merecida

Aiii que desnaturada que eu estou com este blog. Bem que mereço umas lambadas na cara por não cá vir, mas  a rotina do ir trabalhar - chegar e tomar um duche de 5min - ir buscar o Tomás - fazer jantar e almoço para o dia a seguir - fazer jantar do Tomás - dar-lhe banho - dar-lhe o jantar - pô-lo a dormir - limpar e arrumar tudo o que tem de ser limpo e arrumado.... bem, estão a ver né? Ao fim do dia os únicos momentinhos que tenho são para brincar com o Tomás e descansar.

Em breve (infelizmente) o trabalho vai acabar, que este ano não há muita pinha, e terei mais tempo. Infelizmente, muito infelizmente... bem que tento arranjar qualquer coisinha, vou a todo o lado, mas a sorte ainda não bateu cá á porta.

Bem, 2014 começa com uma grande novidade que me deixou (e deixa) tão feliz que até pareço manteiga ao sol a derreter: a primeira palavra do meu filhote foi... MAMÃ!!! HEHEHEHE!!! Na semana passada fui buscá-lo á creche e a auxiliar disse-me que ele tinha passado o dia a dizer "mã". Ela disse que lhe dizia "ainda não é a mãe, não", mas eu pensei cá para mim "oh, ele diz isso por dizer, é ao acaso...". Nesse dia, cheguei a casa e o R. ficou a brincar com ele na sala enquanto eu fui para a cozinha fazer a remessa de comer que tenho de fazer todos os dias. Deixei tudo a fazer, fui ter com eles á sala e assim que o Tomás me vê sorri e diz "mã". Fiquei toda contente, mas pensei que fosse só naquele dia, não me deixei entusiasmar muito.

No dia a seguir chego á creche para o ir buscar, aceno-lhe enquanto calço umas "pantufas" de plástico para lá entrar, e quando entro e vou direito a ele, ele sorri, estica os bracinhos para mim e diz repetidamente "mamã, mamã, mamã". Ía escorregando ali mesmo no melt down que ía tendo. Dei-lhe tanto beijo que ele até se irritou (e eu naquela i don't care, i love you). Desde aí que sempre que me vê começa "mamã, mamã" e quando quer colinho e miminho (especialmente para adormecer), chama logo a mamã :)
Estou toda derretida.. e o R. com ciumes. Muahahahahaha!


Já se arrasta ao tentar gatinhar. Está quase, quase lá, falta só um bocadinho e tenho um novo gato cá em casa.

Agora a situação que me tem deixado muito triste, preocupada, com o coração nas mãos. Ele está doente á 1 mês e meio. A caminhar para os 2 meses, porque não vejo mesmo sinal de melhoras. Já fui com ele ás urgências duas vezes, foi aspirado cada vez que lá foi (horrivel, mesmo horrivel... imaginem alguém estar a "fazer mal" ao vosso filho, ele literalmente aos gritos, lágrimas a escorrerem-lhe pela cara, olhos vermelhos de tanto chorar, a espernear e torcer-se e vocês ainda terem de lhe segurar os braços para que continuem a enfiar um tubinho fininho pelo nariz abaixo enquanto lhe espetam soro ao mesmo tempo.. ainda por cima enfiam o tudo quase todo, p'raí 15cm de tudo pelo nariz abaixo), foi ao pediatra 2 vezes e o diagnóstico é sempre o mesmo: felizmente não há nada nos pulmões, mas está muito constipado e temos de continuar com soro, água do mar, aerossóis só com soro e aspirar bem.
Já andou a tomar 4 medicamentos e não passou. Agora está só a base da panóplia de soro e essas coisas.

O que também me preocupa bastante é o peso. Na última consulta a que fomos estava quase a fazer 1 mês desde que ele lá tinha ido antes. E aumentou apenas 20g. 20g não é nada, nem sequer é o peso do cubo de carne que lhe ponho nas sopas. Mas ele come extremamente bem (embora desde este fim de semana não queira comer cá em casa, mas na creche come bem, ainda não percebi esta agora do menino Tomás). Se na próxima consulta ele continuar a não engordar praticamente nada, peço análises ao pediatra, porque eu noto-o muito mais magro. Aquelas perninhas cheias de dobrinhas, todas rechonchudinhas, agora estão magrinhas. Os braços a mesma coisa. As bochechas, as enormes bochechas á esquilo com avelãs na boca que o meu filho tinha, desapareceram...
E eu não aguento vê-lo doente, magrinho, a dormir mal e agora a comer mal. É demais para mim..

Por isso é que também não tenho cá vindo. As noticias não são boas, e falar disso ainda me deixa mais triste e preocupada. Ainda pra mais estou quase sem trabalho, e depois não sei como vai ser a minha vida.. não quero ir pra França, pra mim está fora de questão porque não quero que o meu filho passe o mesmo que passou, isolado de tudo, sem ver ninguém, quando aqui está tão bem, tão feliz, tão simpático e sociável. Mas para ficar cá, preciso de trabalho.

Enfim, ando triste e desmotivada. Tanto por ele estar assim como por tentar e não conseguir fazer nada da minha vida...