sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A minha perdição (2)

E a seguir ao Simba veio a minha Jóia. Como sempre, passado um tempo eu voltava a querer um animal de estimação, e eu sempre tive uma pancada por cães que não consigo evitar. Fui então com a minha avó ver uns cãezinhos de uma cadela de uma vizinha. Cheguei lá e vi logo a que mais gostava! Linda linda linda! Uma coisinha do tamanho da minha mão, cor de caramelo e branquinha. Apaixonei-me por ela assim que a vi. Pedi-a logo mas a vizinha disse que já tinha dono, o filho dela pediu-lhe 3 crias e a que eu gostava era uma dessas 3. Disse que podia escolher outro, mas fiquei tão babada por aquela cadelinha que não quis mais nenhum, e fui pra casa muito triste. Um dia ou dois depois, a minha avó liga-me pra casa e diz "Cátia, vem cá ter que eu tenho aqui uma surpresa para ti" e eu desato a gritar "a minha cadela, a minha cadela!" e saí disparada de casa! Nem perguntei se podia ou não, mas como moro quase ao lado da minha avó também não havia problema.
Acontece que quando a vizinha da minha avó disse ao filho que eu estava muito triste por causa da cadela, ele disse que eu podia ficar com ela. Fiquei tão contente que nem conseguia falar! Peguei nela e levei-a comigo. Mas depois veio a decisão do nome..
Eu normalmente tenho sempre imaginação para nomes, mas naquele dia não conseguia mesmo me lembrar de nenhum. A minha preciosa avózinha é que me ajudou. Disse-me "O que é que ela é para ti? Uma jóia. É a tua Jóia." e assim ficou. Ainda hoje é viva, tão velhinha que está... é a minha especial!


Passado um tempo, estava eu na casa da minha avó, chega a minha mãe pra me ir buscar. E diz-me "o teu pai tem lá uma coisa pra ti" e eu soube logo "é um cãozinho!" e desatei a correr pra casa. Quando lá cheguei, encontrei um cãozinho igualzito a um Dálmata, mas em mini lol. Era tão meiguinho, mas muito tímido. Foi aos poucos que me deixou aproximar, tinha mesmo muito medo. Chamei-lhe Camões, por ele ter uma grande mancha preta num dos olhos (foi a minha irmã que deu a ideia do nome).
Foi um "amigo" do meu pai que o tinha, e como ele fazia xixi em casa queria abandoná-lo. O meu pai lembrou-se logo de mim, e disse que ficava com ele (quem diria que o parvalhão do homem é primo do meu R., quando o vejo só me dá vontade de...grrr). Hoje também ainda é vivo, é o meu maricas (como eu lhe chamo, ele é muito carinhoso) e lá está às ordens da minha Jóia. Sim, porque a minha Jóia é a manda-chuva lá de casa, o Camões e o Nero têm de lhe obedecer, senão levam logo nas orelhas! Tenho de pôr fotos da minha Jóia e do Camões, não as tenho aqui agora, mas depois ponho.

Muito tempo depois, estava eu a passear com a minha avó e a minha mãe, quando passámos por uma casa onde estava uma mulher grávida agachada ao pé de um carro a ver se agarrava o gato dela. Era um gato branco com umas manchas muito leves amareladas, muito gordinho. Eu bispei logo o gato, e disse à minha mãe "tão lindo o gato". A senhora disse-me logo "queres-o? podes ficar com ele". A minha mãe ainda tentou dizer que não, mas eu sou implacável LOL. A senhora era a mulher do presidente da câmara na altura, e com a gravidez não podia ter o gato (ainda hoje não consegui bem entender essa história de mulheres grávidas não poderem ter gatos), ele era também um traquinas e ela andava sempre atrás dele, por isso decidiu dá-lo. E eu passei na hora certa. Deixei ficar o nome que ele tinha, Zuki.
Mas coitadinho dele... ele era traquina, mas eu ainda era mais, e fazia-lhe com cada coisa... desde manda-lo pra dentro do tanque com água gelada, a enrola-lo em mantas, etc... O gato adorava o meu pai, dormia sempre a sesta no colo dele, até ao dia em que o arranhou sem querer, e o meu pai não perdoa LOL, nunca mais o deixou entrar em casa. Mas ele também comia tudo, e a minha mãe só o deixava entrar em casa por causa do meu pai, por isso foi um alivio. Morreu já muito velhinho, cheio de feridas de lutar com outros gatos (andava sempre assim). Hoje quando me lembro dele dá-me vontade de chorar, tanta judiaria que eu lhe fiz...

E muito recentemente, à um ano e tal atrás, eu pedi outro cão, mas desta vez tinha de ser grande pra eu o passear. Andava eu  a ver no OLX, quando encontrei um anuncio de uma rapariga que dava crias de mãe labrador, pois a mãe tinha morrido e os cães não iriam sobreviver sem donos que os cuidassem. Até me passei quando ela me disse que lhe dava leite magro.. isso não é alimento para uma cria, ela precisa de cuidados especiais! Ainda bem que os deu todos.. só espero que tenham tido a sorte do meu Nero, como ele se chama. Fui buscá-lo ao Forúm Montijo, foi onde combinamos para ela mo entregar. Era uma coisinha tão fofinha enrolada numa toalha que só apetecia comer! Levámos-o pra casa e eu essa noite dormi na sala pra estar ao pé dele. Comecei a querer dar-lhe comer, mas ele não comia nem bebia nada e só gania o dia inteiro e a noite inteira. Tive de dormir 3 ou 4 dias no sofá, porque a única maneira de ele se calar era se eu o pusesse no meu ombro encostado à minha cara. De dia levava-o pra da minha avó, e foi ela que me disse que ele continuava a não comer. Levei-o logo ao veterinário. Era de ser tão pequenino, ainda não sabia comer nem beber nada. A veterinária ensinou-me a fazer-lhe um leite especial, e a ensiná-lo a mamar. Deu-me também uns croquetes pra eu lhe dar quando ele fosse mais grandinho, mas assim que ele os provou já não queria mais nada. Tinhamos de pôr uns croquetes no leite pra ele o beber todo, só os conseguia agarrar com a boca quando o leitinho tivesse todo bebido.
Enfim, é o meu bebé grande. Todos os meus cães e cadelas foram muitos especiais para mim, mas este cão é mais que especial, fui eu que cuidei dele, fui eu que o salvei, fui eu que dormi noites no sofá pra ele parar de ganir, fui eu que passei as tardes inteiras a fazer-lhe festas, fui eu que bati o pé e "obriguei" os meus pais a deixá-lo dormir dentro de casa, fui eu que o ensinei a comer (com muita ajuda do meu pai e da minha mãe), etc... Tenho um amor incondicional por ele que nem sei explicar, doi-me muito hoje em dia não poder dar-lhe a atenção que ele merece, não poder estar sempre com ele... mas pronto, a vida é assim... Aqui deixo fotos dele:







Tenho de pôr fotos dele mais pequeno, e as fotos que tenho dos meus outros animais, hoje vou à da minha mãe e tento encontrá-las.

E finalmente, a minha Sheva. Finalmente como quem diz, eu tenho umas caturras (são mais do meu pai do que minhas) e um periquito que está à da minha avó.
A Sheva foi na França que eu a arranjei. Tão pequenina, ainda nem devia ter um mês. O meu R. assim que a viu ficou encantado com ela, eu confesso que não lhe achei tanta graça como ele achou, mas hoje acho que gosto ainda mais dela do que ele. É a gata mais maluca que já vi! Só faz porcaria, só desarruma, só arranha, etc... mas gosto tanto dela! É viciada em nós (donos), e sempre que a deixamos sozinha em casa ela fica muito tristinha. Imagino agora quando começarmos os dois a trabalhar...parte-me o coração só de pensar! Deve até de ficar doente, ela é muito agarrada a nós e não está habituada a ficar sozinha. Só espero que ela se habitue bem e que não fiquei tristinha... Dela não ponho fotos, porque é só carregarem no arquivo "Os meus traquinas" que é só quase o que vêm é ela LOOOL.

E pronto, registei aqui todos os meus animais que já tive até hoje. Claro que se pudesse tinha o dobro, até já andei a namorar o R. pra termos um cão, mas ele não vai nisso. Mas já disse e fica aqui prometido:

Se algum dia me sair o Euromilhões, compro um granda bocadão de terreno e faço um abrigo pra animais mal tratados, doentes ou de rua. E tá prometido!

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