quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Do minimalismo

Ontem em conversa com a minha mãe disse-lhe que quando chegar a casa vou vender móveis e outras coisas que se possam vender que não uso, dar roupa que não me fica bem mas está em bom estado e destralhar outras tantas coisas. Veio á baila a mesa e cadeiras da que era suposto ser a sala de jantar, que nunca uso, nunca vou usar e também nunca foi usada. E diz a minha mãe:

Mãe: Mas um dia podes precisar. Metes no sótão e guardas para um dia se a quiseres.
Eu: Porcaria e tralha a mais tenho eu no sótão. Essa é outra, o que tá no sótão também tem de ser destralhado. Vai tudo vendido, dado ou pró lixo.
Mãe: Mas e se precisas, Cátia? Deixa estar as coisas. Um dia podes precisar.

Em todos os sites, blogs e outros que leio sobre minimalismo, há sempre um tópico sobre isto. Porque a pessoa que está a escrever decidiu viver um estilo de vida minimalista, mas todos á volta dizem o que pessoas não minimalistas e que gostam de guardar tudo dizem: "Um dia podes precisar, por isso guarda".
E é por este principio de "um dia posso precisar" que as casas estão cheias de tralha.

Eu falo por mim. Num modo geral, sempre fui minimalista, só não o sabia. Quando ouço falar em grandes coleções de vernizes, cremes para o corpo, roupa e sei lá mais o quê fico parva. Eu não tenho nada disso. Tenho 2 pares de calças, 4 vestidos (que nunca uso), no máximo 10 partes de cima (de Verão e Inverno juntos), 2 casacos e 5 pares de calçado. Não uso vernizes, não uso maquilhagem, não uso cremes (só tenho 2 e ponho 3x ou 4x num ano), não uso nada disso. Uso perfume, pouco e poucas vezes, e só tenho 3 - todos oferecidos. Mas sabem que mais? Vai quase tudo fora este ano! Porquê? Porque quase nada do que tenho tem a ver comigo. Comprava por comprar, sem tendência ou estilo, e agora começo a ver que grande erro foi. Por isso este ano vou renovar o guarda-roupa, e só coisas que eu gosto a 100% e com a regra básica de tudo dar com tudo. Mas falarei mais nisso noutra altura :)

Mas como qualquer pessoa que tem tendência de ser minimalista, tenho o ponto fraco em que deixei que as coisas se descontrolassem: a casa. Tenho tralha até mais não, móveis que não uso nem nunca usei, peças de decoração a mais, mulduras a mais, and so on. Para mim, que o que menos gosto de fazer nas lides domésticas é limpar o pó e varrer, isto dá-me uma urticária do caraças. Porque é tanta coisa para limpar - e metade só está lá por estar - que demoro muito tempo a fazer essas coisas que odeio.

Portanto metas para quando lá chegar são, em primeiro e óbviamente, limpar a casa de alto a baixo. Depois, pôr na suposta sala de jantar tudo o que não quero e não me faz falta: móveis, tralha, berlicoques, etc. Depois é separar tudo por categoria: o que é para vender, o que é para dar, o que é para ir para o lixo.


Porque viver num estilo minimalista não é ter casas vazias, paredes despidas e viver como alguns minimalistas extremos que comem e dormem no chão. Há diferentes níveis de minimalismo, e para mim não é o extremo, mas é simplificar. Quero olhar para as divisões de casa e ver espaços amplos (ainda por cima tenho uma casita pequena, ter espaços amplos é só por si um grande feito), ver apenas o que me é essencial, ver balanço, ver harmonia, ver praticidade, ver organização, ver minimalismo.
Nunca vou ser daqueles minimalistas que despensam sofás, que não têm nem 1 peça de decoração ou que todas as paredes são completamente brancas. Mas vou ser a minimalista q.b. para a minha vida, para o meu caso especifíco.
E só de pensar em como a casa irá ficar.. dá-me vontade até de ir a pé para lá :)

2 comentários:

ádescávir disse...

Podes nessa altura abrir uma página ao lado do blog e meteres lá as fotos do que vais destralhar/vender. Pode ser que por aqui ainda consigas ganhar uns trocos ;)

Katy disse...

Sim, tenciono fazer isso :)

Todos os móveis que vão sair lá de casa estão praticamente novos, por isso ponho-os aqui e no olx e custojusto.